quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não me digam!

As câmaras municipais portuguesas aumentam as despesas e o investimento em obras públicas nos anos de eleições autárquicas, o que acaba por favorecer a reeleição de quem é presidente da Câmara, segundo as conclusões a que chegaram dois investigadores das universidades do Minho e de Cambridge.
As câmaras municipais portuguesas aumentam as despesas e o investimento em obras públicas nos anos de eleições autárquicas.
A conclusão surge num estudo feito por investigadores da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e da Faculdade de Economia da Universidade de Cambridge (Reino Unido).
O trabalho publicado em Setembro nas duas universidades analisa as contas oficiais das 278 câmaras municipais de Portugal Continental entre 1979 e 2005, publicadas pela Direcção-Geral das Autarquias Locais.
Em média, as "despesas de investimento" (quase sempre relacionadas com obras) crescem 10,45 por cento em anos de eleições autárquicas e os défices municipais também tendem a aumentar.
A esta "manipulação" das despesas camarárias os autores do trabalho chamam "oportunismo político" – em ano de ida às urnas, os presidentes de câmara tentam apresentar mais "competência" ao eleitorado.
Francisco Veiga, um dos autores do estudo, sublinha que há excepções, mas em média as câmaras municipais e os autarcas tendem a aumentar as despesas em ano de eleições. Uma tendência que se sente, sobretudo, nas chamadas despesas de investimento.
O investigador da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho explica que «há muitas situações em que esta despesa aumenta e em vários municípios este crescimento acontece em quase todos os anos de eleições». in TSF.pt

É preciso estudar em Cambridge para saber isto? Os 10,45% até me parecem muito abaixo da realidade!