Depois de muitas desistências, fomos 5 os resistentes que se lançaram no 10 de Junho, no passeio de bicicleta Esmoriz – Cais de Gaia – Esmoriz: eu, a Joana, o Mário, o Fox e a Ana. A Cláudia levou ainda o Duarte e a Ana de carro, uma boa maneira para eles poderem participar e também de prestar algum apoio.
Saída
Saímos quase às 11:00, bem depois das 10:00 combinadas. A Ana decidiu trazer uma bicicleta dos chineses e a Joana tinha um travão que travava sem ser solicitado, pelo que tivemos que fazer umas pequenas afinações antes de partirmos. O Trix e a Gisela apareceram “à socapa” em casa do Mário, momentos antes da partida, apenas para se certificarem se realmente íamos com aquela chuva que caía no momento (para a próxima têm mesmo que acreditar!).
Até Espinho apanhámos chuva. Nada muito forte mas o suficiente para encharcar os impermeáveis, principalmente aqueles que não o eram! À saída de Espinho tentámos aumentar a pressão do pneu traseiro da Joana, mas o resultado foi o contrário, porque o pneu ficou completamente vazio. Contudo, depois de alguma ginástica e umas bombadas fortes do Mário (o cárdio-frequencímetro até começou a apitar), lá conseguimos solucionar o problema.
Seguimos viagem e encontramos o Luís Filipe Menezes algures na Aguda, já em pré-campanha. Mas, qual o nosso espanto, quando o voltámos a encontrar mais à frente, na Madalena, na inauguração de um pequeno parque infantil. A teoria da pré-campanha estava confirmada! Estavam cerca de 22 Km percorridos e aproveitámos para reabastecer no carro de apoio; o rio Douro já estava ali à vista. O mau tempo tinha a vantagem de nos dar vento de Sul, o que para o percurso de ida foi muito proveitoso, só que na volta...
Chegámos a Gaia por volta das 13:00, e fisicamente estava tudo ok, com excepção de alguns rabos já meio doridos. Encontrámos um tasco para almoçar que aceitasse o nosso aspecto de mendigos e cheiro a homem do lixo. Melhor não podia ter sido: espaço para guardar as biclas e uma sala só para nós no 1º Piso (também não cabia lá mais ninguém). O congelador onde estavam parte dos alimentos que íamos comer estava mesmo ali atrás de nós, e para que não houvesse tentações, estava mesmo trancado a cadeado. Foi tudo corrido a peixinho grelhado e bifes, e sempre que queríamos mais alguma coisa bastava batermos com força com os pés no chão, o empregado aparecia em 3 tempos.
Almoço
Pagámos a conta e seguimos os 5 para o Porto, para dizer que pelo menos tínhamos chegado até lá. Foram mais meia dúzia de metros mas que valeram bem a pena.
Porto
Iniciámos o regresso por volta das 16:00, com alguma chuva também no início. Como previsto, o vento de frente dificultou-nos muito a vida. A Joana começou a ter receio de uma recaída na lesão dos tendões do Brad Pitt, a Ana começou a ter dores nos joelhos, o Mário começou a perguntar-me quantos quilómetros ainda faltavam de 100 em 100 metros e o Fox já estava farto da arrastadeira dos CTT (no percurso de ida tinha trocado com a Ana). Eu ainda estava numa condição razoável mas o rabo já estava em sangue...tenho mesmo que comprar um selim ou uma capa anti-hemorróidas. Perto dos 45 Km a Ana decidiu parar por ali a passeata, pelo que seguimos os 4 até Esmoriz. O vento acompanhou-nos sempre e limitamo-nos a cumprir o percurso nas calmas, sem grandes loucuras. Chegámos a Esmoriz às 19:00 e ainda houve tempo para comer o resto do farnel em casa do Mário.
Se não fosse o vento, tenho a certeza de que o regresso teria sido bem mais fácil, mas para a próxima será certamente melhor. Se não houver ideias melhores, vamos a S. Jacinto da próxima vez.